segunda-feira, 28 de maio de 2012

PLANO DE AULA DO PROFESSOR

Aula de letramento crítico

1) Na aula falamos sobre o livro de Ernest Hemingway, “The Moveable Feast”, Paris é uma festa, e do filme “Midnight in Paris”, do diretor Woody Allen.


O livro trata da vida em Paris nos anos vinte: uma cidade que catalisou as grandes mudanças sociais e econômicas ocorridas na Europa a partir do Séc. IXX:

* mudanças impulsionadas pelo Marxismo que levantou a bandeira da classe trabalhadora,
* mudanças de significado do ser humano propostas por Sigmund Freud, que com a idéia de subconsciente introduziu a subjetividade dos sonhos, dos desejos e das neuroses e
* mudanças estéticas de artistas como Pablo Picasso, que levou em frente às mudanças dos impressionistas, transformando ainda mais as artes.
Os escritores, artistas e pensadores vindos dos Estados Unidos, do leste europeu e de outras cidades européias encontravam em Paris o clima e as idéias do Modernismo.
* Arte Moderna foi como ficou conhecido o “amplo movimento que abarcou todos os ISMOS de vanguarda da primeira metade do Séc. XX, como o primitivismo, expressionismo, cubismo, futurismo, dadaísmo, construtivismo, surrealismo, etc.
 Os americanos em particular, ainda cultuavam na literatura obras no etilo realista e até existia certa resistência quanto aos muitos ISMOS europeus.
* Ernest Hemingway experimenta o clima modernista e cria uma literatura de estilo fluente, coloquial, misturando experiências jornalísticas com literárias.
O termo “Lost generation”, geração perdida foi usado para qualificar os artistas que circulavam em Paris nessa época
* O termo foi cunhado pela escritora Gertrudes Stain, que também escreveu um livro sobra a Paris dos anos vinte. Apesar de parecer pejorativo, o termo cai como título àqueles que procuraram liberdade de expressão numa cidade liberal como Paris.



2) Reflexão sobre o contexto sócio-cultural apresentado e nossas vivências atuais. Vamos sugerir três perguntas: Discussão com levantamento das idéias dos alunos.

* Proposta aos alunos a seguinte discussão: será que essas manifestações ocorridas no início do Séc. XX têm alguma relação com nossa época? O filme de Woody Allen não é um filme de época ou histórico, mas sim uma aproximação das ocorrências de Paris dos anos 20 com nossos dias. É o que também nós propomos fazer aqui. Vamos discutir três questões:

1) Qual a relação entre mudanças sociais com mudanças na forma de expressão artísticas. Essa pergunta tem muita a ver com uma questão sempre em pauta: A vida imita a arte ou a arte imita a vida? Existe relação entre vida e expressão artística ou vice versa?
Discussão
Para nós a expressão artística acontece como forma de explicar a vida e interage com as mudanças como portadora de respostas aos impulsos que a vida dá ao ser humano. Um exemplo está na literatura. Os estilos literários, para estudá-los, temos sempre de contextualizá-los com sua época, pois eles são espelhos dela. Os estilos não são para sempre assim como os gêneros, porque nossa relação com o mundo muda.
O realismo foi uma resposta européia aos avanços industriais, uma mudança da forma de ler a vida, uma transposição para a literatura da posição científica exigida pela revolução industrial.
Já o modernismo acontece em um contexto diferente. As forças econômicas do mundo mudaram com a I guerra mundial, e continuam mudando, gerando grande tensão que vão culminar na II guerra mundial. As pessoas precisam achar uma nova forma de expressão, não precisam mais do realismo. Surge uma reação que incorpora a psicanálise, a luta de classes, o individualismo.

2) Será que a única geração que ganhou um titulo que a identificava como grupo unido foi a Geração perdida? Não tivemos outras gerações que mudaram o mundo e que receberam um nome?
Discussão.
Existe sim. Na literatura após a segunda guerra a geração que voltou aos estados unidos e que agitava culturalmente ficou conhecida como geração beat, tempos depois tivemos outra geração importante que nasceu das lutas de 1968 em paris envolvida com a criação cinematográfica chamada depois pelos americanos de geração hippe. Depois da segunda guerra houve um grande crescimento populacional e a geração seguinte foi chamada de geração baby boom. Tivemos também a geração coca cola depois dos rippes que era acusada de pensar pouco nas questões sociais.


3) Que tipo de modificações estamos passando no sec. XXI e na literatura?
Discussão.
Lemos outro dia o texto do filosofo Baoer. Ele nos fala de uma sociedade individualiza, com dificuldade de acompanhar as exigências modernas, falamos muito de competitividade e é claro da dependência tecnológica que está se formando entre nós. Este é mundo do sec. XXI que também tem sua forma de expressão artística. Enfim, podemos considera que toda época é uma época de mudança e por isso especial como sugere o filme de Wood Allen.

Aula de letramento crítico
Prof. Cielo
Grupo: Michael, Heloisa, Rita e Carlos


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ernest Hemingway


Agrademos aos que participaram da aula ministrada 18 de abril de 2012. Para maior aprofundamento do assunto, pedimos que façam uma pesquisa sobre o autor e postem aqui.


Pesquise críticas relativas ao autor e a obra estudada (Moveable Feast) e comente.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Espaço Haroldo



A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, localizada à Avenida Paulista, o ambiente é dedicado ao poeta, escritor, crítico literário e tradutor Haroldo de campos, que será lembrado sempre pela sua obra de grande valor literário, além da sua grande contribuição a Cultura Brasileira




 A casa apresentou no mês de novembro o sarau “Pleno Pulmões”, com apresentação e mediação de Marco Pezão. O sarau é dedicado aos amantes da poesia, nesta noite o microfone foi aberto ao público, onde declamam suas próprias poesias. O evento contou com diversas pessoas de diferentes lugares do Brasil, tais pessoas puderam mostrar seu trabalho e compartilhar com os ouvintes, o gosto pela poesia. Marco Pezão usou seu carisma para incentivar pessoas de diferentes classes sociais, a soltar a voz no sarau.
Pezão nos mostrou como a poesia pode mudar vidas, o encontro proporcionou o contato com a Poesia, Literatura e Cultura. O público mesclou poesia com música, com imagem e representações, para justificarem sua perfomace.  O evento visa divulgar os poetas da atualidade, o entretenimento e o laser, o conteúdo das poesias declamadas são diversos, propiciando uma diversidade cultural, foram recitados poemas como “autopsicografia” de Fernando Pessoa, “Soneto de fidelidade” de Vinícius de Moraes e até canções de Roberto Carlos.
 

Mais sobre a Casa.

A casa das rosas Espaço Haroldo de Campos De Poesia e Literatura, com diversas atrações esbanja cultura e lazer no mês de novembro.



Localizada à Avenida Paulista, a Casa das rosas Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, traz para o público, O dia da consciência negra. O evento celebrará a data de assassinato de Zumbi do Palmares, a Casa propõe um momento de reflexão e conscientização da cultura africana na formação da identidade nacional. O dia da consciência negra acontece domingo, dia 20 de novembro, a partir das 14 horas.
O espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, um dos maiores centro culturais de São Paulo, expôs releituras em têmpera, com produção de José Fogaça. A exposição propõem releituras da obra de Picasso.  As releituras não seguem fielmente a obra, entretanto visa valorizar os detalhes com vários ângulos. A exposição vai até dia 6 de novembro.
O centro cultural destaca – se pelo ciclo de saraus da casa, confiram abaixo os saraus que mensalmente são realizados pela Casa:
A Pleno Pulmões – com apresentação de Marco Pezão, o sarau é dedicado aos amantes da poesia, o microfone é aberto ao público, que tem a oportunidade de declamarem suas próprias poesias. A Pleno Pulmões acontece neste sábado, 5 de novembro às 19 horas.
Prata da Casa – com organização de Maria Alice Vasconcelos, este sarau é realizado com ex – alunos dosa cursos da Casa das Rosas, que declamam poesias e apresentam músicas. A Prata da Casa ocorre dia 12 de novembro às 19 horas.
Chama Poética – com Direção de Fernanda de Almeida Prado, o sarau celebra as Memórias da noite paulistana. O evento conta com a participação de José Domingos, que será entrevistado por Fernanda de Almeida Prado e apresentará um repertório musical. A Chama Poética Será realizada dia 26 de novembro, 19 horas.
Haverá no mês de novembro duas palestras, a “Música e Dança Mandinga – Guiné Conacri”, Com Luis Kinugawa. A palestra falará sobre a cultura mandinga, serão apresentados vídeos e relatos sobre os griôes, o djembê e as danças maravilhosas. A palestra ocorre Quinta-feira, 10 de novembro, 20horas.
E no dia 17 de novembro, às 20 horas, ocorre a palestra “As Literaturas Africanas em Língua Portuguesa como Expressão do Patrimônio Imaterial Identitário: Um passeio por textos literários Angolanos, Moçambicanos e Cabo-Verdianos”, com Simone Caputo. A  palestra expõem os principais escritores e discute como a Literatura serve como expressão nacional?

Introdução temas transversais


Por que ir à Casa das Rosas

Nosso trabalho tem por finalidade aprofundar o tema pluralidade, para tanto, pretende estudar as atividades desenvolvidas neste centro cultural.  Para analisar os objetivos que o curador da Casa das Rosas pretende atingir com essas atividades, entrevistamos Frederico Barbosa, poeta e seu diretor.  Mostramos no blog Plural nas Rosas a casa como local público, onde as pessoas constituem-se como cidadãos, quando participam das atividades culturais.  Um lugar de crescimento pessoal e social que desperta o interesse do cidadão pela cultura.




                 Entender o que é cidadania

Busca-se neste trabalho expandir o conceito e o significado que o cidadão comum tem a respeito de um centro cultural. Tentamos mostrar que tipo de experiência um visitante pode esperar quando freqüenta um espaço público cultural. As informações colhidas com o nosso blog pretendem oferecer aos freqüentadores dados que ampliem suas visões de cidadania, pois o cidadão tem de tomar consciência de que há espaços excelentes destinado ao uso público, e que estes espaços existem para atender uma função social. Não se trata apenas de cultura de graça.  Vive-se num país democrático e, as qualidades educacionais e culturais dos indivíduos irão produzir melhores profissionais.

Um país do tamanho do Brasil sem profissionais qualificados, cursos de formação, sem mercado consumidor é um desperdício de oportunidade. Dentro dessa perspectiva, oferecer cultura, promover qualidade profissional às pessoas, promover competências devem ser o objetivo de programas governamentais, oferecendo cidadania, numa construção passo a passo. A pessoa não nasce sabendo como comportar-se socialmente numa cidade, aproveitando os espaços públicos, porque tudo em uma cidade é muito privado: a casa da vizinha, o jardim do condomínio, a padaria do Joaquim, o mercado do empresário, a TV do grande figurão da mídia, o estádio de futebol do Corinthians, etc. Ser cidadão é ser participativo, cuidar do que é público.
             
Pluralidade cultural

A pluralidade cultural diz respeito às manifestações artísticas que já agradam aos gostos populares, como também àquelas que poderão despertar interesses futuros. Um centro cultural deve oferecer o que a sociedade quer e em contra partida esta sociedade tem de sentir prazer em frequentá-lo. Oferecer o que a sociedade quer não cria um comprometimento com o que não tem qualidade. O curador cultural trabalha para apontar as manifestações pessoais ou grupais que acrescentam valor ao indivíduo. Trata-se de um comprometimento com a qualidade e não com os mercados consumidores.


Estas atividades estão ligadas às tradições culturais brasileiras e mundiais e também às vanguardas, engajadas em mostrar novas oportunidades e caminhos para a renovação das artes. As manifestações artísticas envolvidas com a renovação muitas vezes provocam estranhamento. Por isto, nem sempre ambientes culturais despertam o interesse das pessoas, Mas a arte é feita para provocar, não estão envolvidas com questões econômicas. Por isso, não devem ser rejeitadas, devem sim ser analisadas e questionadas de maneira crítica.
Vivenciar a cultura e fazer pensar as questões da vida moderna  são as propostas de programação da Casa das Rosas. Os cursos oferecem ainda a oportunidade de o público aprender mais sobre as atividades artísticas que combinam com seu perfil.  É um lugar para a pessoa manifestar seus gostos. Como diz o diretor da Casa, Frederico Barbosa, a arte que ele gosta mais de fazer é a poesia  -“ quem já foi tocado pela poesia tem paixão, tem vontade de fazer poesia e vontade de fazer crescer a poesia”.
 
Temas transversais
Entendemos por ”Temas Transversais” os assuntos socialmente importantes que devem ser discutidos pelos jovens, buscando produzir mudanças rumo a um convívio social mais democrático. São temas que precisam ser abordados em todas as disciplinas dentro de uma escola e em todos as manifestações públicas produzidas pelos governos. São temas que provocam questionamento e posicionamentos opostos. As discussões destes temas previnem a radicalização de posições, os preconceitos e o erro pela ignorância. Democracia é liberdade, direitos iguais, e pessoas conscientes, cabendo às escolas e às instituições culturais promoverem este estado de crescimento social e pessoal.

A Casa das Rosas atende a este propósito, pois oferece poesia, prosa, teatro, cinema, exposição, dança, sarau, cursos culturais, etc. Cada uma dessas atividades envolve assuntos diversos abordando temas atuais. O que nós observamos é que a proposta da Casa é ter uma programação cultural envolvida com as grandes questões sociais que despertam questionamentos.
Pensiero Poético, 2010. Óleo sobre tela. A.F.Cestari



 Do italiano para o português na frase do quadro à direita:

"Onde posso olhar o céu e as estrelas em liberdade é a minha pátria."
Dolcezza di Figlo, 2009. Sylvia Loew. Mármore Branco Carrara





Entrevista com Ana Carolina Rodrigues, do Educativo da Casa das Rosas por Heloisa Rocha Pires e Carlos Maiorino:

Heloisa: Fale um pouco sobre a Casa das Rosas?
Ana: É administrada por uma organização social que é a Poiesis, que cuida do equipamento cultural formado por – Casa das Rosas, Museu da Língua e Casa Guilherme de Almeida, que é a casa onde o poeta viveu, que tem até mobília.
Heloisa: Então é uma casa mesmo?
Ana: Sim. E por serem equipamentos da Secretaria da Cultura, tem a questão da gratuidade, que é para receber o maior número de pessoas, com o intuito da preservação da memória coletiva, patrimônio tombado e sustentado por todos, de uso contemporâneo, não só da elite, além da parte da literatura, que tem a ver com o poeta Haroldo de Campos. A casa foi primeiramente tombada e restaurada. Com a morte do poeta e sua biblioteca doada a casa, torna-se um espaço dedicado à poesia e literatura em geral, o Espaço Haroldo de Campos.
Heloisa: Para vocês estabelecerem as programações quais são as prioridades? Vocês podem se voltar para temas atuais, como por exemplo inclusão social?
Ana: Os temas tem que ser todos voltados para a literatura e poesia. Pela parceria com a Secretaria da Cultura nós temos algumas metas a serem cumpridas.
Heloisa: Mas essas metas, vocês tem alguma liberdade de escolha, ou tem que obedecer a Secretaria ?
Ana; Bem, as verbas que recebemos estão de acordo com as metas.  Por exemplo, nós temos uma verba de visitação, então, em parceria com a F.D.E.( Fundação para o  desenvolvimento da educação) organizamos grupos de escolas da rede estadual e municipal para a visitação da casa. Eles fornecem o ônibus e nós disponibilizamos a visita guiada.
Heloisa:  As atividades literárias propriamente ditas ficam a cargo de quem? E quais são as prioridades?
Ana: Ficam a cargo do Cultural. Nós do Educativo temos a liberdade de fazer a nossa programação, como as visitas, a contação de histórias para crianças, a oficina do dia do idoso, com uma programação culinária, mas, a programação geral é o departamento cultural que faz.
Heloisa: Quanto ao público, vocês estão voltados para que tipo de público?
Ana: Para qualquer público...buscamos sempre o maio número. Contatamos ONGs, grupos de igrejas, fundações de deficientes...recebemos grupos que originariamente são excluídos de outros equipamentos por questão de  horário – a Casa das Rosas fica aberta de terça a sábado, das 10:00 da manhã às 10:00 da noite, e domingo até as 18:00 horas.
Carlos: Nós temos no curso uma matéria que se chama Libras, que é a língua brasileira de surdos. Vocês tem alguma atividade voltada para esse grupo?
Ana: Ainda não, mas já estivemos em contato com uma pessoa do Museu da Língua Portuguesa para estudar este assunto.
Heloisa: Bom, acho que foi bem legal, não é Carlos. Obrigada Ana. Podemos tirar uma foto juntos?

Tirinha


A intertextualidade é um dos grandes temas da Linguística Textual. É recorrer a um texto já escrito quando se constitui um texto novo. Vale lembrar que quando se insere um “velho” em um “novo” outros sentidos podem ser produzidos. O conhecimento do leitor é que apontará essa presença, o deslocamento feito pelo autor.
Segundo Bakhtin “cada enunciado é um elo da cadeia muito complexa de outros enunciados”. Formar-se-ão ecos que tem por finalidade identificar uma intertextualidade, que pode também estar ligadas a outras artes, como por exemplo à música.


No caso a TIRINHA – “uma rosa é uma rosa é uma rosa” - apresenta intertextualidade com a tautologia apresentada por Gertrude Stein em uma de suas poesias, tornada célebre por sua inovação formal, semântica, imitada por muitos que lhe seguiram, inclusive em outras artes, como no caso do livro do político Carlos Lacerda, de Vinícius de Moraes que escreve uma letra para a Tocata 141 de Bach, intitulada o Rancho das Flores entre outros.

Uma rosa é uma rosa é uma rosa, antes de tudo flôr, mas também é o amor,a mulher, a poesia, a frescura, a doçura...