Por que ir à Casa das Rosas
Nosso trabalho tem por finalidade aprofundar o tema pluralidade, para tanto, pretende estudar as atividades desenvolvidas neste centro cultural. Para analisar os objetivos que o curador da Casa das Rosas pretende atingir com essas atividades, entrevistamos Frederico Barbosa, poeta e seu diretor. Mostramos no blog Plural nas Rosas a casa como local público, onde as pessoas constituem-se como cidadãos, quando participam das atividades culturais. Um lugar de crescimento pessoal e social que desperta o interesse do cidadão pela cultura.
Entender o que é cidadania
Busca-se neste trabalho expandir o conceito e o significado que o cidadão comum tem a respeito de um centro cultural. Tentamos mostrar que tipo de experiência um visitante pode esperar quando freqüenta um espaço público cultural. As informações colhidas com o nosso blog pretendem oferecer aos freqüentadores dados que ampliem suas visões de cidadania, pois o cidadão tem de tomar consciência de que há espaços excelentes destinado ao uso público, e que estes espaços existem para atender uma função social. Não se trata apenas de cultura de graça. Vive-se num país democrático e, as qualidades educacionais e culturais dos indivíduos irão produzir melhores profissionais.
Um país do tamanho do Brasil sem profissionais qualificados, cursos de formação, sem mercado consumidor é um desperdício de oportunidade. Dentro dessa perspectiva, oferecer cultura, promover qualidade profissional às pessoas, promover competências devem ser o objetivo de programas governamentais, oferecendo cidadania, numa construção passo a passo. A pessoa não nasce sabendo como comportar-se socialmente numa cidade, aproveitando os espaços públicos, porque tudo em uma cidade é muito privado: a casa da vizinha, o jardim do condomínio, a padaria do Joaquim, o mercado do empresário, a TV do grande figurão da mídia, o estádio de futebol do Corinthians, etc. Ser cidadão é ser participativo, cuidar do que é público.
Pluralidade cultural
Estas atividades estão ligadas às tradições culturais brasileiras e mundiais e também às vanguardas, engajadas em mostrar novas oportunidades e caminhos para a renovação das artes. As manifestações artísticas envolvidas com a renovação muitas vezes provocam estranhamento. Por isto, nem sempre ambientes culturais despertam o interesse das pessoas, Mas a arte é feita para provocar, não estão envolvidas com questões econômicas. Por isso, não devem ser rejeitadas, devem sim ser analisadas e questionadas de maneira crítica.
Vivenciar a cultura e fazer pensar as questões da vida moderna são as propostas de programação da Casa das Rosas. Os cursos oferecem ainda a oportunidade de o público aprender mais sobre as atividades artísticas que combinam com seu perfil. É um lugar para a pessoa manifestar seus gostos. Como diz o diretor da Casa, Frederico Barbosa, a arte que ele gosta mais de fazer é a poesia -“ quem já foi tocado pela poesia tem paixão, tem vontade de fazer poesia e vontade de fazer crescer a poesia”.
Temas transversais
Entendemos por ”Temas Transversais” os assuntos socialmente importantes que devem ser discutidos pelos jovens, buscando produzir mudanças rumo a um convívio social mais democrático. São temas que precisam ser abordados em todas as disciplinas dentro de uma escola e em todos as manifestações públicas produzidas pelos governos. São temas que provocam questionamento e posicionamentos opostos. As discussões destes temas previnem a radicalização de posições, os preconceitos e o erro pela ignorância. Democracia é liberdade, direitos iguais, e pessoas conscientes, cabendo às escolas e às instituições culturais promoverem este estado de crescimento social e pessoal.A Casa das Rosas atende a este propósito, pois oferece poesia, prosa, teatro, cinema, exposição, dança, sarau, cursos culturais, etc. Cada uma dessas atividades envolve assuntos diversos abordando temas atuais. O que nós observamos é que a proposta da Casa é ter uma programação cultural envolvida com as grandes questões sociais que despertam questionamentos.
Pensiero Poético, 2010. Óleo sobre tela. A.F.Cestari |
Do italiano para o português na frase do quadro à direita:
"Onde posso olhar o céu e as estrelas em liberdade é a minha pátria."
Dolcezza di Figlo, 2009. Sylvia Loew. Mármore Branco Carrara |
Nenhum comentário:
Postar um comentário